Qual é o melhor ataque?

segunda-feira, 8 de junho de 2009
Enquanto para uns a melhor defesa é o ataque, para Dunga o melhor ataque é o contra-ataque.

Dá quase para sentir a euforia do técnico da seleção canarinho quando um adversário declara que jogará agredindo o Brasil.

A verdade é que a seleção brasileira só funciona realmente quando encontra facilidades para encaixar seus contra-ataques. E com Robinho e Kaká chega até a parecer covardia. Foi assim por várias vezes. Portugal, Venezuela, Chile, Argentina e agora o Uruguai sofreram do mesmo mal.

Figura - Brasil (preto) encaixando um contra-ataque com Robinho, nas costas do lateral uruguaio.


O grande problema do Brasil é a inexistência de uma variação de jogo quando encontra time fechados. O Brasil não consegue trocar passes, impor ritmo de jogo e abrir espaços nas defesas ou marcar pro pressão, que sempre é uma boa alternativa quando se enfrenta times de nível técnico inferior com defesas quase intransponíveis.

De positivo nesse jogo fica a afirmação de Felipe Melo no time, que conseguiu acrescentar qualidade na saída de bola. Penso apenas que ele deveria ser usado como primeiro volante, na função que exerce hoje Gilberto Silva e assim abriria vaga para outro segundo volante, que poderia ser Ramires, Anderson ou até mesmo Kleberson, que vem em boa fase.

O inexplicável continua sendo a insistência com Kléber na lateral-esquerda, enquanto Fábio Aurélio nem lembrado é. O lateral do Liverpool sempre sofreu com diversas contusões, que de certa forma impediram uma afirmação na carreira, mas parece que a fase negra passou e o ex-sãopaulino conseguiu fazer uma temporada brilhante na Europa. E ainda é um jogador que possui as características que se encaixam no jogo da Seleção. Tem grande poder de marcação e chega com facilidade à linha de fundo.

O resultado no Estádio Centenário foi histórico, mas há de sempre se fazer a pergunta: Tá tudo certo? Estamos no caminho do hexa? E a resposta é não. Para chegarmos lá ainda dependemos de uma grande evolução da equipe.

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