Como já era previsto, o Remo inicou o jogo no sistema 3-6-1 (ou 3-4-3). O CRB iniciou em um 4-4-2 Losango.
O sistema do CRB foi bastante prejudicado pela ineficácia do único meia do time, Danilo, que foi facilmente anulado pela dupla de volantes do Leão, e pelas falhas de cobertura nas subidas dos laterais, o que se intensificava mais ainda devido ao Remo apresentar 3 atacantes quando tinha a posse da bola.
Enquanto isso, o Remo atraía o CRB para seu campo e procurava sair rapidamente em contra-ataques, através de ligações diretas com os seus pontas, Landú e Zé Soares. E foi dessa única jogada que sairam o gol e as outras inúmeras chances desperdiçadas pelo ataque azulino.
Figura 1 - Sistema dos times no 1° tempo
A receita de Bagé para evitar tomar gols - Além do sistema de jogo retrancado, da boa distribuição dos jogadores no sistema defensivo e de todos os jogadores se apresentarem atrás da linha da bola quando o CRB coordenava as ações ofensivas, foi interessante notar que o Remo fazia marcação individual nos dois atacantes do CRB, como demonstrado na Figura 1. Bebeto e Altair grudaram nos dois atacantes do time alagoano, e os persiguiam por toda a defesa, desfazendo essa marcação apenas quando os atacantes voltavam até meio-campo, enquanto Diego Barros ficou na sobra.
2° Tempo:
Devido ao baixo rendimento apresentado pelo ala-esquerdo Marquinhos, Bagé se viu obrigado a mexer no time. E sendo inventivo demais, mexeu mal. Colocou o meia Welber, e com isso o time ficou desequilibrado em campo. Zé Soares e Altair foram sacrificados, tendo que fazer a marcação pelo setor esquerdo. Zé Soares que tinha bastante liberdade para chegar à frente na primeira etapa, foi deslocado para a ala-esquerda e se viu obrigado a participar ativamente da marcação, o que obviamente não é seu forte. E quando essa marcação não funcionava, Altair era quem marcava naquele setor, sendo desfeita assim a marcação homem-a-homem que os zagueiros do Remo aplicaram no primeiro tempo e que vinha dando certo.
Sandro Silva, que havia entrado no lugar de Ricardo Oliveira, exercia mais funções de zagueiro do que de volante, as vezes chegando a ser um líbero, e com isso Maurício Oliveira ficou bastante sobrecarregado na meiuca, como podemos ver na Figura 2.
Figura 2 - Sistema dos times no 2° tempo
Foi neste momento do jogo que o time alagoano esteve mais perto de marcar o gol, insistindo com jogadas pelo lado desequilibrado da equipe remista, que não conseguia ter a posse da bola por muito tempo. Mas mesmo assim o Remo teve sucessivas chances desperdiçadas em contra-ataques.
Percebendo que poderia sofrer o empate a qualquer momento, Bagé voltou a mexer no time e reajustar a marcação, colocando Julinho no lugar de Zé Soares. O time passou a sofrer menos riscos, apesar de falhas individuais apresentadas por alguns jogadores com visível desgaste físico, como Maurício Oliveira e o próprio Julinho. Mesmo intensificando a pressão através de bolas lançadas à área, o CRB não criou mais nenhuma chance de gol.
4 comentários:
pode cre concordo com tudo que foi dito !!
Ficou lindo esses desenhosssss!!!
Quem fez??? huhuhu
Muito técnico, pouco crítico. Fica a dica.
Agradecido. Quando é construtivo sempre é válido.
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